quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

UM SIMPLES E FELIZ NATAL por Jonatan Rocha do Nascimento


Um simples e feliz Natal!
                                          
Estamos à beira de mais um Natal.
Devemos agradecer porque, ainda que não da maneira como queríamos, temos uma vida para dizer: "Sou um dom".
Tragicamente esquecemo-nos da beleza da vida e o porquê natalino. Estamos desmemoriados.
Meus nostálgicos pensamentos me recordam os momentos vividos, os acentos perdidos, as infelizes e ocultas tremas, bem como das ardentes chuvas de sol que chapinham nossa cabeça. Um típico Natal nova-iorquino.
O asfalto dança junto à poeira que sobe em espirais. Nova York é aqui! É pena que nunca vejamos neve.
Não é bom querer um Natal mágico.
Lembre-se do Natal que nos lembra a vida que temos, seja ela boa ou ruim, pois  o menino-Deus não nos veio para nos carregar nas costas, mas sim, para levar-nos junto ao coração, onde não há nada oculto.
Quero um Natal no campo, quem sabe numa manjedoura, onde só se possa ouvir os passos e o silêncio das ovelhas pastando solenes, interrompidas apenas pelo choro do divino infante, cujos soluços são intercalados pela melodia que diz: "Gloria in Excelsis Deo!"

Feliz Natal! Seja o seu maior presente!





  

Jonatan Rocha do Nascimento
 "Ubi odium, ibi caritatem seramus..."




segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE.


O que foi que nos aconteceu?
No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, 'explicáveis' demais.
Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas.
Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola.
A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira!!!!!!!
Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada!!!!!!!!
Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos!!!!
Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo !!!!!
Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz !!!!!
Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de 'povo', consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações 'falsas', sua condição de cúmplice e Comandante em 'vítima'!!!!!
E a população ignorante engole tudo... Como é possível isso?
Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.
Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.
Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...
Está havendo uma desmoralização do pensamento.
Deprimo-me:
Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?'
A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.
A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos!!!!!
Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.
No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.
Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da república. São verdades cristalinas, com sol a Pino.
E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de 'gafe'.
Lulo-Petistas clamam: 'Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ? Como ousaram ser honestos?'
Sempre que a verdade eclode, reagem.
Quando um juiz condena rápido, é chamado de exibicionista'. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de 'finesse' do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando...
Mas agora é diferente.
As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte.
Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem , de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo.
Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em 'a favor' do povo e 'contra', recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o 'sim' e o 'não', teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois.
Alguns otimistas dizem: 'Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades'!
 (ARNALDO JABOR)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Frases do Dia...Cruel

"O ódio e a inveja,são os assasinos

 Mais cruéis e implacáveis
O ódio se esconde,camufla palavras
Enfraquece a alma,envenena o coração
A inveja se faz passiva fica sua amiga
Se esconde em um sorriso,e ainda apertará sua mão."
                                                                                                         Nusa Nunes



 "As ruas sao crueis, comu diz a Biblia nós somos amaldicoados e abencoados
 as mesmas pessoas que nos fazem rir, fazem nos chorar..."
 

                                                                                                           Sans Andrea


Para que se reflita como o mundo está doente, contaminado de maldade das pessoas e que vocês, caros leitores, não estejam neste rol e caso estejam, pare e reflita se compensa estragar a vida do próximo.

Lembrem-se da lei do retorno.

                                                                                                       Larissa Peres Jabôr

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Carta ao meu amigo Jonatan





Caro amigo, companheiro Jonatan,


Quero que saibas que em toda minha vida não conheci amigo mais especial.


Desde o primeiro momento em que trocamos as primeiras palavras tive certeza de que seria o começo de uma grande amizade, firmada na confiança, no amor e no respeito.


Todos esses sentimentos foram confirmados ao logo destes 4 anos juntos e você ganhou um espaço eterno não só em minha vida , mas em meu coração.


Sempre desejei o melhor de tudo o que existe neste nosso “plano terreno” para você e confesso que fui egoísta em pensar e “planejar”, como a mãe faz para com o filho, um futuro e uma carreira brilhante, pois sua inteligência e sabedoria sempre me mostraram que alcançaria.


Em primeiro momento quando me contou sua vontade de seguir sua religiosidade, entendi, mas preferi esquecer e continuar te conduzindo para aquilo que acreditava ser o melhor para você, sempre te mostrando as inúmeras possibilidades que a vida poderia lhe proporcionar, no entanto me enganei.


Recebi de você a confirmação que tanto temia, que você seguiria sua vocação para o celibato e admito que fiquei surpresa como se você estivesse me contando isso pela primeira vez.


Tive vontade de chorar...mas não o fiz, com o coração apertado e com medo de que perderia o meu grande amigo, me veio a mente vários pensamentos e reflexões.


Inúmeros pensamentos e num instante fiquei sem chão, todo o planejamento feito para você foi-se embora num piscar de olhos, pensei que nos manteria juntos até o fim desta vida, queria que estivesse comigo em todas as profissões que fosse seguir.


Falei e falo para tantas pessoas que nunca encontrei um cérebro que raciocinasse tão diferente e ao mesmo tempo tão igual ao meu e que juntos seríamos imbatíveis.


Passou-me pela mente, a distancia que você ficaria de mim e que eu não teria mais com quem contar em um momento de angústia, não teria mais seus genuínos conselhos de pureza e sinceridade.


Tive receio de que você se fechasse em uma única verdade, conceito de religião e modo de viver, os quais nós seres imperfeitos não sabemos a veracidade e somente o Criador.


Gostaria de te ensinar, e quem sou eu, tantas e tantas coisas, tantos outros pontos que podemos ver a vida, te ensinar um pouco da minha religião, não para que você mudasse a sua, mas para que visualizasse com maior amplitude os fatos.


Fiquei com medo, medo de que você não enxergue a maldade alheia, com seu coração tão bondoso, e que por tal motivo isso te faça sofrer.


Assumo aqui todo o meu egoísmo, mas também amor verdadeiro de uma grande amizade que vou carregar para toda minha existência.


Hoje vejo os fatos com mais clareza, mantenho todo o dito durante esta carta, mas te apoio em sua vontade.


Estou e estarei aqui sempre que necessário, mesmo que você decida de fato seguir o celibato, mesmo que um dia você volte dizendo que desistiu, mesmo que não vá e veja que seu caminho é outro, eu digo meu amigo, eu sempre estarei aqui.


Acredito que são nesses momentos críticos da vida e que conseguimos “separar o joio do trigo” e ver quais são os amigos de verdade, são nos momentos em que temos dúvidas de saber qual o caminho seguir, então, estou aqui do começo ao fim.


Penso que você desempenhará bem o verdadeiro papel de “ser padre”, não estando somente na igreja em corpo, mas também em alma, pois você é bom e ama ao próximo, isso esta escrito em seus olhos.


Peço a você somente que se um dia perceber que não é o melhor para você e que não está verdadeiramente feliz, que não haja erroneamente como alguns padres e pastores que vemos por aí, que desista e siga seu caminho.


Enxergue a maldade alheia sempre para que isso não prejudique a si e a outrem, mas não deixe que seu coração se contamine por pessoas que não querem seu bem.


Seja ousado, não tenha medo de viver, viva cada segundo saboreando o que a vida lhe traz de melhor.


Não permita que as opiniões alheias interfira naquilo que realmente deseja, como já disse,as pessoas tem maldade e muitas delas vão querer apagar o seu brilho.


Em caso de desespero peça a Deus para que te guie, Ele te ama verdadeiramente e sempre te dará uma saída.


Todas essas recomendações que faço são porque não terei sempre você perto de mim para que eu possa “protegê-lo” e é uma sensação angustiante pensar que um dia pode se decepcionar com as pessoas.


Tenho um último pedido, que você não se esqueça de mim, pois eu não me esquecerei de você.


Não se esqueça, eu insisto, estou sempre aqui para tudo o que precisar e não precisa temer a nada, pois eu nunca vou te recriminar, não sou digna de julgar as atitudes do próximo, muito menos as sua.


Irmão, obrigada por você existir e ser a pessoa que é.


Obrigada por deixar que eu participe de sua vida.


Sempre amarei o meu melhor amigo Jonatan, um presente de Deus para mim!


Abraços fraternos,


Larissa Peres Jabôr

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Afagos do Eterno

Por Jonatan Rocha do Nascimento




O mundo precisa de decisões definitivas...


Está disseminado em nosso mundo a Lei da Fugacidade, isto é, a regra da transitoriedade, do apego às coisas que não perduram...que traça e ferrugem corroem.
Deste modo, esquecem o Eterno. Aquele que dura para sempre. O Divino.
As famílias duram pouco, os relacionamentos não prosseguem, a vida se esvai ao onze ou dez ou quinze...e se perde.
Como é perverso este caminho. Cruel. Sedutor, mas predestinado à ruína e a corrosão, afinal, quando se percebe que aquilo se perdeu como o vento corre pelos dedos, é tarde demais...é a indescritível dor. Como a peneira, que de todos os modos gostaria de estar abraçada a água, mas que somente a retém por milésimos de segundos, restando tão somente o entulho...cascalhos.
"Tende sempre confiança no Senhor, porque o Senhor é o rochedo perene", diz o profeta Isaías, um dos livros de minha predileção. Eis o fundamento da vida. Aquele que jamais perece e que não pode ser retido. Aquele que é.
Angústia sem fim têm os corredores da vida pois, ao terminar a corrida, não há quem os alivie; nem os cabelos afague; sem o frescor do leque entre os cedros e açucenas celestes. Em verdade há, ocorre que O deixaram para trás, posto que já se esqueceram de que Ele é.

No rodamoinho da celeridade esquece-se que não se pode sentir o paladar das delícias, sem saborear vagarosamente. O doce deixa de ser doce: é insosso. A vida torna-se amarga.
Queiramos viver a lentidão e a suavidade dos nossos dias, ainda que nem tão suaves.
Desejemos nos deliciar da espera, assim como das decisões duradouras.
A eternidade tortura os que vivem a sofreguidão, mas afaga e acaricia os que aguardam a noite sem ocaso.


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Retrato de Mãe

"Uma mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de

Deus, e muito de anjo pela incansável solicitude dos cuidados seus;
uma mulher que, ainda jovem, tem a tranqüila sabedoria de uma anciã e,
na velhice, o admirável vigor da juventude;
se de pouca instrução, desvenda com intuição inexplicável
os segredos da vida e, se muito instruída age com a simplicidade de menina;
uma mulher que sendo pobre,
tem como recompensa a felicidade dos que ama, e quando rica, todos os
seus tesouros daria para não sofrer no coração a dor da ingratidão;
sendo frágil, consegue reagir com a bravura de um leão;
uma mulher que, enquanto viva, não lhe damos o devido valor,porque ao seu lado todas as dores são esquecidas; entretanto quando morta, daríamos tudo o que somos e tudo o que temos para vê-la de novo ao menos por um só momento, receber dela um só abraço,
e ouvir de seus lábios uma só palavra.
Dessa mulher não me exijas o nome, se não quiseres
que turve de lágrimas esta lembrança,
porque... já a vi passar em meu caminho.
Quando teus filhos já estiverem crescidos, lê para eles estas palavras.
E, enquanto eles cobrem a tua face de beijos, conta-lhes que um humilde
peregrino, em paga da hospedagem recebida, deixou aqui para todos o
esboço do retrato de sua própria mãe."


Tradução do original de D. Ramóm Angel Jara

Bispo e Orador Chileno


Parabéns a todas as mães!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Nota de Esclarecimento

Recebemos reclamações que os leitores não estavam conseguindo comentar nos textos.
Informo que o problema já foi solucionado e que todos podem, como devem comentar nos textos.
Desde já agradecemos a compreensão.

O Púlpito

Para demais reclamações envie email para: opulpito@gmail.com

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Balada para outras Isabelas.

Olá! Eu vim lhe contar
um pouco da minha história...
Peço atenção, seu “dotô”,
um instante, não demora...
 
  
Meu nome não é Isabela
nem “caí” de uma janela
do quarto no sexto andar...
(será que pensaram, os insanos,
que ela sabia voar?)

                                                                                
Não moro num prédio equipado,
não tenho motos, brinquedos,
nem piscina pra nadar...

                                                                   
                                                                    Eu brinco, às vezes,
nas poças de chuva,
com gatos, latinhas,
bolinhas de gude...
isso quando não tenho
que a mãe ajudar...

  
Não sei dançar, e não brinco
como menina educada,
porque aprendi, desde cedo,
lá no morro onde nasci,
que não importa o sexo da criança:
menino ou menina, a experiência,
é viver o teatro
da sobrevivência...

                                                                              
Não me chamo Isabela...
nem fui morta (ainda)
por meu pai ou madastra...
mas morro um pouco,
a cada dia,
quando sou espancada.
                                                                                 
                                                                                 
E morro também,
assim, engasgada,
obrigada a me calar
quando tenho mãos sobre mim...
nem sempre a me sufocar,
mas explorando,
de um jeito esquisito,
que nem entendo direito,
o meu corpo sem contornos...


Meu nome, não é Isabela...
Não tenho cabelos lisos,
nem tenho olhinhos espertos...
Ao contrário: meus olhos são opacos,
talvez, por não querer enxergar
minha dura realidade...

 
                                                                               
Também não faço teatros,
lá no palco da escolinha
... isso não é para mim...
Quando vou à escola,
é somente pra comer
a merenda que me dão...
pois muitas vezes, em casa,
não temos sequer o pão...

                                                                                  
O máximo que sei é correr:
morro abaixo, morro acima,
entre os carros dos sinais...
para ganhar um trocado,
ou para fugir dos adultos,
que insistem em me machucar...


Eu não me chamo Isabela...
mas, como ela,
(ou até mais!)
eu sofro... e diariamente...
Tenho marcas de pancadas,
queimaduras de cigarros,
tenho ossos fraturados,
boca sangrando, hematomas,
que mãos e pés gigantescos
me provocam sem motivo...



 
Não morri, como Isabela...
Ainda não... mas irmãos,
amiguinhos, conhecidos,
eu sempre vejo morrer...

 
                                                                            
Quem matou? Nunca se sabe...
“ele caiu”, “tropeçou”
“queimou-se por acidente”
“estrupada?”, “coitadinha”...
“não fui eu”, diz o padrasto,
“nem eu”, diz a mãe omissa...
e eles não têm nem quem rezpara eles, uma missa...

 
                                                                             
Eu não me chamo Isabela...
sou Maria, Rita, João...
Sou Josefina, sou Mirtes,
sou Paulo, Sebastião...
Sou tantas, tantas crianças,
que todo dia a omissão
de todos deixa morrer...

                                                                             
                                                                             
                                                                               
Engraçado é que ninguém,
faz passeata por mim
a imprensa não divulga,
o “figurão” não se importa,
a classe média não grita,
os ricaços dão de ombros...



 
Que hipocrisia é essa,
de chorar por uma só?
São tantas as Isabelas
violentadas sem dó...
Mas que importam
os escombros,
a escória da sociedade?


 
Se não me chamo Isabela,
não mereço piedade.



terça-feira, 20 de abril de 2010

Eleição 2010 -Currículo

Cidadãos brasileiros,

estamos próximos as eleições, portanto é momento para refletir e analisar os candidatos.

Segue abaixo uma análise dos candidatos a presidência.

Não se esqueçam da importancia do seu voto!




Para descontração e reflexão:


Nos Barracos da Cidade
Composição: Gilbeto Gil / Liminha



Nos Barracos da Cidade
Ninguém mais tem ilusão
No poder da autoridade
De tomar a decisão

E o poder da autoridade
Se pode não faz questão
Se faz questão não consegue
Enfrentar o tubarão



Ôuôôôô-ôô
Gente estúpida!
Ôuôôôô-ôô
Gente hipócrita!



O governador promete
Mas o sistema diz não.
Os lucros são muito grandes
Mas ninguém quer abrir mão



Mesmo uma pequena parte
Já seria a solução
Mas a usura dessa gente
Já virou um aleijão

terça-feira, 13 de abril de 2010

Conversa informal sobre mente humana.


Por Larissa Peres Jabôr


Caro Leitor,


Hoje falarei de forma direta, em uma forma de conversa informal.

È importante de vez em quando termos um contato mais próximo e neste caso venho com um questionamento que acredito que não haja solução:

Como decifrar a mente humana?

Já inúmeras vezes ouvi as pessoas comentarem que os homens não entendem as mulheres, que as mulheres não conseguem assimilar o modo de pensar dos homens, esses questionamentos me direcionaram a uma única idéia: na verdade as pessoas não se entendem.

As pessoas de fato não se entendem, porque cada uma tem a sua maneira de pensar e não tem regras que indiquem que isso irá mudar, pelo sexo, raça, cor ou qualquer outra espécie de grupo ou tribo que as pessoas se encontrem.

Sei de tudo isso e acredito que a maioria também pensa da mesma forma, porém nos consumimos todos os dias tentando nos relacionar e entender o ponto de vista da outra pessoa e daí deve ser pensado até que momento essa flexibilização de entender o próximo não nos prejudica ou nos fere?!

Tenho pensado muito nisso ultimamente, tento entender as pessoas e acabo deixando as minhas vontades, porque não sei se elas me entendem, ou se não querem entender.

Mesmo sendo uma pessoa que expõe seu modo de pensar, em algumas situações não consigo, simplesmente me bloqueio, talvez seja porque em outros momentos não obtive sucesso na mesma circunstancia mas em outra ocasião.

Dúvidas freqüentes que assombram todos nós, pois a mente humana nada mais é que uma caixinha de surpresas.


Mesmo não obtendo respostas de vocês que lêem o blog, agradeço a oportunidade de me expressar e de certa forma de colocar questionamentos para que todos vocês nunca parem de refletir sobre o cotidiano.

 
Fiquem aí com mais estes “grilos” na cabeça de vocês!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Qual o sentido do amor?



Por Larissa P. Jabôr

Qual o sentido do amor? Se é que existe algum.
O amor apesar de ser o mais sublime e lindo sentimento, também é o que nos faz sofrer.
Talvez o sofrimento exista por não sabermos a verdadeira essência deste sentimento.

Existem várias espécies de amor, amor entre pais e filhos, amor entre irmãos, amor de amigos, amor entre homem e mulher, todas essas espécies de amor que movem a o mundo, todos os atos de bondade são oriundas do amor.

Mas ao se falar especificamente do amor entre um casal, surge vários questionamentos a cerca da questão, será que ainda subsiste este nobre sentimento aos encantos da “modernidade”?
O que se observa é que o amor, ficou careta,amar é brega, não tem mais sentido, está em desuso, será mesmo?

É de grande importância perceber que as pessoas estão mais distantes, mais frias, com medo de amar, as mágoas e as angústias provocadas por “amores” passados nos torna mais rígidos, mais resistentes e sem vontade de começar de novo.

Daí aparece outros sentimentos medo, insegurança, para se resistir heroicamente e sair ileso de qualquer desventura e surpresa que este sentimento possa causar, forma-se um grande escudo e se como tivessem poderes surgem “novos seres” com seus corações empedrados, calejados.

Alguns nunca mais serão os mesmos, outros encaram um relacionamento qualquer só para terem companhia, e há aqueles que sempre abrem o coração com a esperança de encontrar um verdadeiro amor.

Verdadeiro amor, aaahh!!! Aquele que se vê nos filmes, nos romances de novela, puramente e somente na ficção,mas esperar todos esperam e será quem sabe e quando exista realmente um amor verdadeiro para cada um, ou não, sorte de uns e infelicidade de outros.

Essa busca incessante pelo amor traz um sentimento de vazio em muitos corações, as pessoas já não sabem se acreditam ou não, se um dia sentirão o amor verdadeiro, se este ainda irá chegar, então sofrem, se desgastam ao longo da vida.

Tem –se também o questionamento se o amor é único ou se é possível amar várias pessoas no decorrer da vida, cada amor é uma etapa que se cumpre com aquele que está se amando, portanto nunca pode-se dizer que não obteve êxito, simplesmente sua fase ao lado da outra pessoa já foi cumprida, devendo ser “esvaziado” os sentimentos do trauma que ficam para que se possa tentar novamente.

É sabido que na teoria é tudo muito mais fácil, porém a prática não funciona da mesma maneira e lamentavelmente há corações despedaçados e desesperançados em todo o mundo, esperando para serem “curados”.

Que todos vocês tenham a sorte de encontrar um grande amor para vida eterna!

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Salve Geral"

Por Larissa Peres Jabôr

O filme “Salve Geral” retratou a realidade do comando dos criminosos em nosso país, como também, a linha tênue na questão de ser ou ter honestidade em uma situação crítica da vida.

O primeiro momento fica explícito quando vários presídios do país entram em rebelião quase ao mesmo tempo, por ordem do Primeiro Comando da Capital, o que mostra a força e o poder do crime atualmente. Com simples ligações realizadas de dentro do presídio o Comando liderava toda uma estrutura criminosa nas ruas de todo Brasil, atuando de força agressiva e impiedosa contra pessoas, até então honestas, que tinham família e que nem imaginavam a proporção do que vinha ocorrendo.

Policiais, tendo suas vidas ceifadas em virtude do cumprimento de seu dever, é justo?Mas o que seria justiça? Porque os presidiários estão tão revoltados? Havia necessidade de tanta agressividade? O que deve ser feito para melhorar a nova geração, para que não cometam os mesmos erros? São questionamentos que todos se fazem constantemente em busca de uma resposta para o momento de desequilíbrio que a sociedade está passando.

Não se sabe ao certo a fórmula mágica, mas pequenas doses de solução dentro do seio familiar, nas escolas, obedecendo às regras de dignidade da pessoa humana, com uma gota de rigidez e cumprimento fiel da lei, seriam o início da mudança e do progresso social, a busca da melhor convivência e da libertação do medo que é enfrentado por todos diariamente.

Culpa, alguém tem culpa? Todos são culpados, partindo do princípio da política, que se utiliza todos os dias do chamado “jeitinho brasileiro”, este é o início da culpa, culpa por uma consequência de situações que traz a violência, em um raciocínio rápido consegue-se visualizar uma das hipóteses: cria-se os filhos sem o devido zelo, amor e respeito, este se torna na fase adulta político que sem remorso desvia verbas da educação, saúde, cultura, que por consequência faltará para a população, e uma parte desta, cresce revoltado e desesperançado por não ter o básico para sua subsistência, em contra partida, aparece a “figura ilustre” do traficante que lhe apresenta um leque de vantagens e oportunidades na vida.

Como exemplo citado acima, várias outras situações acontecem todos os dias e simplesmente a sociedade finge que não vê, que não percebe, fantasiando um mundo de faz conta todos vivem felizes e se preocupam somente consigo, não percebem o quanto seus atos são importantes para que ocorram mudanças no moinho que gera o país.

Em segundo momento, diante de tanta desilusão, que já está fixada na cabeça de cada cidadão, numa situação trágica vivenciada pela personagem Lúcia, professora, viúva, com filho sendo preso por matar uma jovem, num momento de descuido, é entendível o desespero e a “entrega” da mesma, no instante que passa a trabalhar para o crime organizado numa busca desenfreada de livrar o filho da “selva” penitenciária.

Neste passo fica claramente demonstrado toda aflição vivenciada por uma mãe que é engolida pelo sistema cruel do crime, mas que de certa forma é uma solução rápida para os problemas que vem apresentando sem sua vida.

Outro ponto a ser mencionado, é atuação do crime organizado na vida da família dos presos, nesta aresta, o PCC desempenha a função que o Estado deveria desempenhar, fornecendo alimentação e como já é conhecido, outros auxílios, como ajuda médica e escolar.

O que se apresenta é uma questão de difícil solução, o bandido fazendo papel de mocinho, em certas circunstâncias, e o mocinho se apresentado como bandido tirando da população o pouco que lhes resta.

Assim, todos vão vivendo com a esperança, única dos brasileiros, que as coisas um dia mudarão, mas é sempre importante lembrar que a reforma começa de dentro para fora.


Assitam o filme, vale a pena!


SITE OFICIAL DO FILME

terça-feira, 16 de março de 2010

“Amar é doar-se até doer"



por Jonatan Rocha do Nascimento


Com uma simples frase, Madre Teresa mexeu com o coração de todo o mundo: " Amar é doar-se até doer".

Sim. Amar é dor. Amar é sofrer, contudo, sem jamais desistir.

A loucura de Deus, a Cruz, também nos mostrou o que só hoje podemos compreender: amar dói, e como.

Uma vez que compreendemos que amar significa doar-se ao extremo, percebemos que somos incapazes de fazê-lo, isto porque não compreendemos a grandiosidade do que é este tão maravilhoso dom de Deus.

Por vezes achamos difícil falar com um amigo, que simplesmente disse algo que não se queria ouvir. Achamos difícil perdoar. Tudo nos é difícil. Por quê isso acontece? A resposta é simples. Muitos de nós são incapazes de amar.

Somos incapazes de ver no outro a limitação, o sofrimento, o pedido de socorro, de alguém que sofre e ainda também não descobriu o que é ser amado.

A alma que ama Deus, sabe exatamente que terá de se consumir por inteiro para que se complete. Terá que se despedaçar para ser inteiro. Que deverá morrer para viver.

O amor é paciente, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta e, por isso, fere.

Fere, pois, uma vez que a tudo esperamos, desculpamos e suportamos, nos desfazemos de nossas vontades e conceitos e, principalmente, a arrogância e o egoísmo. Saímos de nós para compreender o outro na sua ignorância ou grosseria, de modo que, ferimos nosso ego porque passamos a descobrir naquele que nos machuca os defeitos que nós mesmos possuímos, até em maior quantidade ou grau.

As desilusões nos fazem pensar que fomos abandonados; que ninguém merece nossa atenção : “são todos iguais!”. Contudo, é ai que a dádiva de Deus pode se manifestar, se permitirmos, é claro.

Observando um mundo caótico, nos sentimos abandonados por Deus e por todos. Há até mesmo quem duvide da existência do Divino. Pois eu digo, o que eu perdi amando um mundo que não merece ser amado? O que perdi fazendo bem aos ignorantes? O que perdi sendo bom com os maus? O que eu perdi? Nada. Pelo contrário, adquiri a experiência de que amar dói. O que perdi se Deus não existe? Ah, meus amigos. Nada perdi, mas o que não O amam, tudo perderam e perderão.

Quero que doa quando não me sentir amado por Deus; quero que doa quando me maltratarem; quero que doa quando disserem que têm ojeriza de mim. Quero que doa pois estarei cumprindo aquilo que Deus quer de mim: “Digo-vos a vós que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoais os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam.”

A doação que fere. Deixemo-nos ser feridos pelo Amor.

“Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.”

Importa para mim, que eu diminua e Ele cresça.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Que Deus não permita...


Que Deus não permita que eu perca o
ROMANTISMO,
mesmo eu sabendo que as rosas não falam.
Que eu não perca o OTIMISMO,
mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é
assim tão alegre.
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos,
dolorosa…
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles
acabam indo embora de nossas vidas…
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver,
reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO,
mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,
mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não
sentir o mesmo sentimento por mim…
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR,
mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo,
escurecerão meus olhos…
Que eu não perca a GARRA,
mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois
adversários extremamente perigosos.
Que eu não perca a RAZÃO,
mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras
e deliciosas.
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,
mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,
mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos…
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,
mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus
olhos e escorrerão por minha alma…
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,
mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria
esforços incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR
que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e
até rejeitado.
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,
mesmo sabendo que o mundo é pequeno…
E acima de tudo…
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama
infinitamente, que um pequeno grão de alegria e
esperança dentro de cada um é capaz de mudar e
transformar qualquer coisa, pois….
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO
AMOR!

                                                                           (Francisco Cândido Xavier)