Por Jonatan Rocha do Nascimento
O mundo precisa de decisões definitivas...
Está disseminado em nosso mundo a Lei da Fugacidade, isto é, a regra da transitoriedade, do apego às coisas que não perduram...que traça e ferrugem corroem.
Deste modo, esquecem o Eterno. Aquele que dura para sempre. O Divino.
As famílias duram pouco, os relacionamentos não prosseguem, a vida se esvai ao onze ou dez ou quinze...e se perde.
Como é perverso este caminho. Cruel. Sedutor, mas predestinado à ruína e a corrosão, afinal, quando se percebe que aquilo se perdeu como o vento corre pelos dedos, é tarde demais...é a indescritível dor. Como a peneira, que de todos os modos gostaria de estar abraçada a água, mas que somente a retém por milésimos de segundos, restando tão somente o entulho...cascalhos.
"Tende sempre confiança no Senhor, porque o Senhor é o rochedo perene", diz o profeta Isaías, um dos livros de minha predileção. Eis o fundamento da vida. Aquele que jamais perece e que não pode ser retido. Aquele que é.
Angústia sem fim têm os corredores da vida pois, ao terminar a corrida, não há quem os alivie; nem os cabelos afague; sem o frescor do leque entre os cedros e açucenas celestes. Em verdade há, ocorre que O deixaram para trás, posto que já se esqueceram de que Ele é.
No rodamoinho da celeridade esquece-se que não se pode sentir o paladar das delícias, sem saborear vagarosamente. O doce deixa de ser doce: é insosso. A vida torna-se amarga.
Queiramos viver a lentidão e a suavidade dos nossos dias, ainda que nem tão suaves.
Desejemos nos deliciar da espera, assim como das decisões duradouras.
A eternidade tortura os que vivem a sofreguidão, mas afaga e acaricia os que aguardam a noite sem ocaso.
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segunda-feira, 26 de julho de 2010
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