sexta-feira, 10 de junho de 2011

O

 capítulo...


 

Minha vida é um capitulo, de um livro mal escrito, cujo autor esqueceu-se de fazer a revisão literária, retirar as palavras indesejadas que dizem aquilo que não deveriam dizer.

 

Vivo o erro da falta de correção ortográfica de um mundo de palavras, e silabas, consoantes, e pontos mudos. ;(

 

Conotações equivocadas de um alfabeto latino-mandarim. Sem sentido, incompreensível. Incompreendido. Até porque inexistente.

 

Apagaram-se as vogais do mundo... hebraico-tupiniquim.

 

Em meio aos parágrafos, os artigos e os incisos me sufocam. 

 

Letras capitulares de um código de signos e símbolos dos quais ninguém sabe, ninguém viu ou quer saber.


 

Jonatan Rocha do Nascimento

 "Zelo zelatus sum pro Domino Deo Exercituum"

 

 

 


sexta-feira, 11 de março de 2011

Estamos com fome de amor...

                                                                                                





O que temos visto por ai ???


Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer.... mas???


Chegam sozinhas e saem sozinhas...


Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos....


Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.


E não é só sexo não!


Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?


Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!


Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .


Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,


sem se preocuparem com as posições cabalisticas...


Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.


Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...


Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...


Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"


Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...


Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...


Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...

Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...


Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...


Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...


Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...


"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor....


Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...


Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...


E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...


Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?


Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"


Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...


O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...


Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.


Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"....


Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!


Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

                                                                                                                                       (Arnaldo Jabor)

terça-feira, 1 de março de 2011

Meus Desatinos

 Por Jonatan Rocha

Desde minha mais tenra idade, sonhei em escrever um livro. Um devaneio da infância, mas que, para meu dissabor, continua vivo.

Talvez não haja para mim algo mais frustrante. Como é duro ter nascido no século XX.
Em meio a pensamentos que podem ser julgados blasfemos, sou cercado de ideias, reflexões e indignações, afinal, o que mais pode ser inventado? O que mais pode ser criado ou escrito ou cantado ou falado ou....
Shakespeare já escreveu Romeu & Julieta, Machado de Assis já escreveu Memórias Póstumas de Brás Cubas, bem como já criou a polêmica de Capitu. Elvis já morreu com seus Blue Suede Shoes; James Brown já aposentou sua Sex Machine; Mozart e Beethoven já nos brindaram com as suas sinfonias; a televisão já foi inventada; o rádio já foi criado e substituído pelo walkman, que foi substituído pelo discman, que por sua vez pelo MP3 Player, que a esta altura já deve haver o MP50; Armstrong já foi à Lua.
“And I think to myself, what a wonderful world.”
E eu penso com meus botões: What’s new Scooby Doo? O que que há velhinho? E agora José?
Eis a minha frustração. De nunca ter pensado coisas óbvias e que se tornaram grandes inventos ou sucessos, como a invenção do fósforo, da linha de unha, do cotonete, da calça jeans, da vassoura ou do garfo.
Sei que isso pode parecer inveja ou loucuras de uma mente possessiva, mas ora, que nunca se sentiu assim?
No meu mundo, mundo, vasto mundo, sempre quis fazer algo que auxiliasse a todos de alguma forma. Pena que não obtive êxito.
Enquanto isso, estarei caminhando contra o vento sem lenço e sem documento, por esta Terra de Santa Cruz, fazendo isto que faça.
Reinventar as ideias, repintar as paredes da imaginação e, acima de tudo, reciclar este pequeno ser humano, cujas utopias e quimeras são maiores que os passos que seus pés podem dar.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pequena Crônica Sobre Amor e Portas (Texto 1)



Por Klaus Klein

Quando se ama, faz-se o impossível. Eu sei. Inclui-se, então, o atendimento de pedidos dos quais, quase sempre, você não está preparado. Mas, porque se ama, você luta consigo mesmo e derruba seus medos, angustias e o que mais teme, para que o pedido do próximo seja atendido. Você tira a coragem da onde ela estava guardada -escondida- e reabre portas que estavam fechadas, mas não trancadas, por motivos que nem se lembra, mas que estavam lá, vivos, como semoventes raivosos postados, vigilantes, impedindo.
Ela me pediu e eu disse que sim, pois não gosto do “não” - a vida seria mais fácil sem “nãos” pelas traquéias alheias - e porque a amo... e pus me a escrever. O coração disparou e estremeci com o pedido “escreva”, mas aqui estou a fazê-lo.

A principio, perguntei-me o motivo de há tempos não escrever nada, e fui buscar, abrindo algumas portas, algumas respostas. Talvez fosse falta de tempo, mas tempo para se fazer o que gosta sempre se acha, então estava descartado. Falta de inspiração, só para escritores profissionais, o que não é o caso. Busquei então a opinião de famosos autores, que em frases diferentes diziam que a arte da escrita provinha de um lado que estava triste, nas sombras, que sofria dentro de nós. Realmente é mais fácil escrever sobre um dia cinzento, sobre nossos complexos, sobre como tudo anda ruim do que qualquer outra coisa.
Na verdade estamos sempre dispostos a falar sobre os nossos problemas e angustias, na tentativa de resolvê-los, de jogá-los pra fora de dentro de nós. Quando tais temores são segredos, escrevemo-los em um diário - quando podem ser contados, compartilhamos em conversas, escrevemos uma música, uma poesia. Buscamos ajuda em opiniões, e quando se esta convicto que não existe cura para tal dor, redigimos ela no papel. Transformamos em arte o que vivemos no dia-a-dia. La ficará guardado todo nosso sentimento.
Se então estou certo, não escrevo há tempos porque ando muito feliz. Às vezes não sabe-se que esta feliz até que haja uma prova concreta de tal bem estar. Mas se ando a “pampa”, sobre o que escreverei?
Digo para os que lêem que todos os problemas só existem porque há solução, e tudo, por incrível que pareça, vai passar. Que o dia que se acorda com o pé esquerdo trará na noite uma chance de se começar com o pé direito, e que amanhã o sol se erguerá trazendo novas possibilidades. Que a mentira, o ódio e a inveja, não devem ser usados como base para construção do seu caminho - se agarre nos bons sentimentos, na coragem, na sabedoria e em virtudes, pois as recompensas não virão nem hoje, nem amanhã, mas quando se precisar delas. Que o medo só deve existir até onde possamos derrotá-lo e que não deve ser maior que a coragem do nosso espírito. Não seja o que você não é e não minta pra si mesmo - encarar a realidade é enxergar a sua verdade. Se for para o lado da cobiça e da ganância, lembre-se que o dinheiro não compra a paz da alma. Siga seu coração, mas não deixe de ouvir sua cabeça... e viva intensamente, na certeza que nada é impossível pra você.
Por fim, tenha fé que tudo vai dar certo, porque um dia o amor aparece na sua frente e você o agarra, e ele abre portas, e você volta a escrever de madrugada, agora não sobre coisas tristes, mas sobre como está feliz e se sente vivo de novo.


Klaus Klein acredita que felicidade não se compra.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Desabafo



                                                                                                                          

Por Larissa Peres Jabôr

Cada dia que abro meus olhos espero que o dia seja melhor, o melhor, porém não é o que geralmente acontece, o que ocorre é a repetição desgastada dos dias e da desesperança, não digo isso especificamente de mim, mas de inúmeras pessoas que vivenciam o mesmo sentimento.

Sofro calada e demonstrando a todos ao redor minha “alegria”, digo sempre: nada vai me deixar mal. Só eu sei o que realmente sinto.

Rezo, peço a Deus para que as coisas melhorem na manhã seguinte, mas até hoje não fui atendida, será que sou uma garota má? Ou talvez eu devesse pedir mais?

Estou totalmente perdida como nunca tive, a vida me empurra para caminhos os quais não quero seguir, todos os meus sonhos vão se desmoronando, um por um. Por que é tão difícil viver? Por que é tão difícil seguirmos os nossos propósitos? Simplesmente uma pergunta sem resposta.

A vida é irônica, ri das pessoas com as peças que nos pregam no momento mais inoportuno, os problemas se acumulam e sempre tem um “sábio” com uma solução para dar, como se tudo fosse fácil, porém sei que não é impossível e por essa brecha deixada na distração da vida que continuo tentando encontrar o meu espaço, o meu momento, a minha paz.

Não digo em hipóteses alguma que não sou feliz, sou feliz sim, tem várias coisas boas em minha vida, mas os problemas estão me sufocando, me desgastando, me cansando...

Amanhã vou abrir os olhos novamente, vou mais uma vez ter esperança e vou continuar a pedir a Deus até que seus ouvidos se cansem ou minha boa emudeça...e assim vou levando a vida do jeito que ela me leva.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O primeiro mês do ano



 

 

O

 primeiro mês do ano.

 

Mês de quase férias no trabalho. Mês de férias na faculdade. As desejadas férias, ah como as desejei ardentemente, e como me arrependo amargamente.

 

Nestas tardes incertas deste recém-janeiro, o marasmo se espalha languidamente pelos ossos de um corpo cansado de nada fazer, que descansa em frente a televisão.

 

Ah, a televisão! Que eletrodoméstico maligno este, não? Sim, porque tal como a preguiça me corrói o ânimo, espalhando-se baianamente, os programas religiosos infestam a programação com dicas de como ganhar dinheiro, como ser feliz e, por fim, como ser feliz e ganhar dinheiro ao mesmo tempo, aleluia!

 

Além disso, assistir filmes que todos já viram um bilião de vezes. Não, não é erro de ortografia. Bilião tem esta grafia e tenho certeza que, na menor oportunidade, você irá verificar se estou correto e, tal como eu, também mostrará esta aberração da língua portuguesa.

 

A vida e suas novidades. Novidades que somente as são pelo simples fato de que nós- eu e você- nunca nos demos o trabalho de verificar, afinal, "vê se eu tenho tempo para ficar procurando estas coisas".

 

Este é o primeiro mês do ano, cheio de aventuras e novos conhecimentos.

 

E assim caminha a humanidade...sem nada a fazer e procurando algo para se ocupar.

 

 

 

  

 

Jonatan Rocha do Nascimento

 "Ubi odium, ibi caritatem seramus..."