sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Não vos conformeis com este mundo..."




Por Jonatan Rocha do Nascimento



Num mundo de tanta apatia, é difícil não ser contaminado com a indiferença e a frieza.

É difícil não ser apodrecido com a falta de compaixão e desafeto ao outro, o desamor.

Infelizmente estamos chegamos aos tempos da desumanização do ser humano em todos os aspectos e níveis sociais. Vemos nas novelas as misérias alheias e todos os dias parece que algo nos impulsiona a querer mais e mais.

Somos sedentos de sangue do outro, pois dói menos quando não somos nós quem sofremos. Dói menos dizer palavras que ferem do que ouvi-las quando direcionadas à mim. Dói menos dizer que sentimos a dor alheia sem senti-la.
Dói menos escrever do que dizer...

Quando seremos capazes de amar, chorar com os que chorar, abraçar os que necessitar, calar quando não é necessário que se fale, e sensíveis ao ponto de entendermos o ser humano que há dentro de cada um.

Ver a humanidade é algo muito difícil. Diria o Pequeno Príncipe, que enxerga-la é invisível aos olhos. E está corretíssimo. O essencial do outro é invisível aos nossos olhos, porque estamos travados por grandes placas que nos turva a vista.

Enxerga-se melhor com o olhar do coração... só enxerga-se humanidade quando olhamos humanamente as pessoas, reconhecendo nelas o importante e essencial que ela contem, independente do que ela seja.

Estamos nos tempos em que não se acredita no amor sincero, na amizade que se doa, na entrega da vida ao outro.

Valores? Já não há! Amor? Extingue-se!Verdade? Só Deus... e olhe lá!

Muitos vêm com sua injeções de ânimo e dizem: “Não adianta viver de utopia” ou “O mundo é assim”, ou ainda, “Essa é nossa realidade!”.

À estes eu digo: “ESTA NÃO É A MINHA REALIDADE!”

Quando seremos capazes de amar o que é bom em vez de acharmos que a bondade é tolice? Quando enxergaremos o belo em vez da casca que nos mantêm aprisionados?

Num mundo indiferente, o diferente é estranho e incompreendido, tornando-se um indiferente na indiferença. Filósofo, tolo, utópico.

“Concedei-nos Senhor, Serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguirmos umas das outras.”

Esta frase é simplesmente perfeita. Ação com prudência! O silêncio valendo ouro e a fala como prateada. Irar-se sem maldade. Fazer cordas e derrubar as bancas do templo antigo. Moldar.

Este é meu objetivo, ou será após escrever este texto, que é um desabafo, um segredo ao pé do ouvido ou um grito a ser publicado nos telhados.

“...mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito...”

1 comentários:

Anônimo disse...

Maravilhoso!!!!!!!!!!
Sem comentários.

Larissa P. Jabôr

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